segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Um depoimento....


Uma vez, logo quando eu passei no vestibular, um professor de matemática que havia me dado aula no 3º ano, ao conversar comigo sobre a profissão, me disse que eu teria que me empenhar para trabalhar em escolas particulares. Justificou dizendo que na rede pública os alunos não têm interesse, e eu acabaria por me desinteressar também, ficaria sem motivação.
O caminho que tomei foi outro, em 2005 logo, um ano após de formado, comecei a trabalhar na Escola Pública. Mais precisamente, em Mosqueiro, na Escola Abelardo Leão Conduru, e anos mais tarde também no Honorato Filgueiras.
Se eu encontrasse esse professor, diria a ele que muitas coisas aprendi. E que minha motivação, como professor hoje, se dá justamente por ser na escola pública e pelas possibilidades que tenho nela, pela vontade de lutar de meus alunos, pelo reconhecimento que tenho do meu trabalho. Abaixo, um depoimento que recebi hoje de uma aluna por email.
"Oi? Alguns aninhos atrás eu fui sua aluna no Abelardo, no primeiro ano. Vc foi o melhor prof. de matemática que já tive. Me adiciona aiii! Me identifico muito com suas ideias. O Sr é um exemplo de pessoa para a sociedade. Parabéns!! ". (Mariane Sousa)
Um abraço pra Mariane e pra todos meus alunos, alunas e ex-alunos(as)!!!
Boa semana pra todas e todos!!!
Nairo Bentes

5 comentários:

Anônimo disse...

Posso afirmar seu ex professor de matemaática, não estava totalmente errado. Porém fizeste a difrença, e isso e notável. Trabalhar em escola pública e sentir-se realizado , e preciso ser extremamente dedicado e dimamico, para poder oferecer um difrencial aos alunos , e que estes possam absorver conhecimentos ao mesmo tempo interagir socialmente.
Em algumas escolas , esses preceitos naõ andam juntos, há um entrave para desenvolver as habilitadas cognitivas em separada do social, do inclusivo, falta medotos (não teoricos ), que sustentem este tipo de ensino.

Nairo Bentes; disse...

Não acredito que não seja teórico. Se é prático, deve-se tornar teórico, para poder resolver o entrave de maneira ampla. Temos que ter uma reviravolta na forma como como vemos a função do professor. Colocar como estratégia prioritária para o Projeto de Desenvolvimento do País. Desde a formação acadêmica, alguns valores devem ser acrescentados. Entendo que o problema não deva ser resolvido por questões epistemológicas de Piaget, Skiner, ou Vigotsky, e acho que isso que o caro Anônimo quis dizer, mas há de se refletir sobre a questão, torná-la teórica e, assim, uma prática ampla!

Nairo Bentes; disse...

Obrigado pelo comentário, Anônimo!

Anônimo disse...

Se em 20 minutos notei que vc faz a diferença na sociedade...imagina sendo sua aluna?!
Continue firme nesta caminhada, com seus propósitos, seus ideais, professores que pensam assim como vc é que erguem este país.

Nairo Bentes; disse...

Obrigado!