segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Repondendo comentário.

“Posso fazer uma consideração à respeito do seu blog? Que não quis fazer lá por não saber se passa por alguma moderação, ou não, e é por isso que farei por aqui, é um importante espaço de debate e reflexão, muito legal a matéria: “Eu sou racista!”, onde podemos perceber que algo ainda muito forte em nossa sociedade e que é muitas vezes perpetuado por ditados, frases que repetimos e nem percebemos que estamos ajudando nesta perpetuação como uma existente no seu blog: “Mas o que eu quero lhe dizer, é que a coisa aqui tá preta", o que nos leva a entender que o "preto" é algo difícil, ruim. (M.N.)” Perfeita consideração! Recebi esta mensagem por e-mail hoje, a matéria sobre racismo, apesar de nenhum comentário no blog, foi uma das matérias que se tornou mais popular. Realmente o racismo no Brasil tem essa característica, essa sutileza ofensiva, que se perpetua em nossas palavras e nossas culturas, algumas mais claras como “faça um serviço de branco” outras mais sutis, como: “mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui ta preta”, tão sutil que passou por mim mesmo despercebido, pois a expressão “a coisa ta preta” é comumente usada em todos os cantos do Brasil, com certeza sem a intenção de reproduzir estereótipos, mas já reproduzindo. Realmente quando o Compositor Chico Buarque, se referiu nesta música, e não foi ele que inventou a expressão popular, se referia que a situação estaria difícil, ruim. E a mesma intenção que tive ao reproduzir parte da letra de Chico (devidamente entre aspas), para fazer referência a difícil situação que havia nas negociações do Sindicatos dos Professores com o Governo do Estado do Pará. Mesmo que sutilmente, a frase reproduz estereótipos, sim. Não do mesmo modo que a música: “O teu cabelo não nega” de 1931(Irmãos Valença). De qualquer maneira é melhor falar: “a situação está difícil” que “a coisa ta preta”. Obrigado pelo comentário.
Prof. Nairo Bentes

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Se eu Quero e você Quer, Discutir Educação, ou Fazer Revolução....

Uma hora de ônibus, no mínimo, por dia, serviria ao menos para refletir, uma caminhada também seria bom. Por que a qualidade do ensino público no Brasil não é boa? Imagine uma escola pública no centro ou na periferia de Belém, em que nela também se valha o chargão de que escola pública não tem qualidade, não tem compromisso, não há a responsabilidade com o aprendizado. Nesta escola, que funciona com 16 turmas de ensino médio e 8 de ensino fundamental, existem alunos interessados e desinteressados, como em qualquer outro lugar. Elencar motivos para que a escola não funcione como deveria é bem fácil. Desinteresse dos alunos, desmotivação do professor, problemas na estrutura familiar dos alunos, existem infinitos motivos para explicar uma situação, infinitos motivos, justamente para tornar-se quase impossível a sua superação. Se uma escola privada estivesse com algum problema que interferisse no processo ensino-aprendizagem, procurar-se-ia tal problema e resolver-se-ia pontualmente. Na escola pública não, o mistério é achar milhares de problemas e não saber qual resolver primeiro, nem como. Qual a solução? A solução é ser simples e objetivo, que problemas dão problemas? Quais são possíveis a escola resolver internamente? Quais necessitam de intervenção estatal? Deve-se começar a encarar a Educação como um bem. Como um pró! Uma solução e não um problema. Qualidades que dedico a qualquer gestor são: Liderança, capacidade de resolver problemas, autoridade e transparência.
Boa Sorte! Nairo Bentes

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cotas nas Escolas Federais

Um projeto de lei do Senado prevê pelo menos metade das vagas dasEscolas Federais de EDUCAÇÃO Profissional, Tecnológica e Superiorpreenchidas por estudantes negros e índiosUm projeto de lei (PL 3913/08) do Senado prevê pelo menos metade dasvagas das Escolas Federais de EDUCAÇÃO Profissional, Tecnológica eSuperior preenchidas por estudantes negros e índios que tenham cursadointegralmente o Ensino Fundamental em escolas públicas. Já aprovadopelo Senado, o projeto tramita em regime de prioridade e seráencaminhado diretamente para votação em plenário.Autora da proposta, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) aponta que outroprojeto do Executivo (PL 3627/04) já institui cotas para alunosegressos de escolas públicas nas universidades federais, mas deixa defora as escolas Técnicas. Segundo a parlamentar, o seu projeto visacontribuir com as políticas de inclusão social adotadas pelo governofederal.As vagas deverão ser preenchidas, por curso e turno, por candidatosque se declarem negros e indígenas em proporção no mínimo igual à denegros, pardos e indígenas entre os habitantes do estado onde estáinstalada a instituição, segundo os dados do último censo do IBGE. Naimpossibilidade de preencher metade das vagas por esse critério, asremanescentes deverão ser completadas por estudantes que tenhamcursado integralmente o Ensino Médio em escolas da rede pública.O projeto também assegura vagas para pessoas com deficiência,independentemente de onde tenham cursado a EDUCAÇÃO Básica e a Média.O poder Executivo deverá regulamentar o preenchimento dessas cotas.A proposta prevê a implantação gradual do sistema de cotas. Asinstituições de Ensino terão, assim, o prazo máximo de quatro anos, apartir da data da publicação da lei, para o cumprimento integral dessapolítica. E caberá ao poder Executivo regulamentar o processo deacompanhamento e avaliação do sistema implantado.
Fonte: CORREIO DO POVO – RS