Tenho uma agenda, que às vezes lembro
que ela existe e escrevo lá, às vezes a esqueço e ela fica com algumas
páginas em branco. Ontem participei de
um seminário na UEPA e lembrei de pegá-la para fazer anotações, no dia 08,
quando olho para a folha ao lado, dia 9, estava escrito um lembrete:
“Completando dois anos de Funbosque”, e foi uma surpresa ver isto, pois não
lembrava de ter escrito tal lembrete, e não lembraria da data se não fosse o
mesmo. Não costumo fazer lembretes de datas na minha agenda, mas dessa vez foi
válido, pois tamanha é a correria do dia a dia, que eu esqueceria, feliz também
foi a coincidência de abrir a agenda dia 08, oportunizando a lembrança de data.
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Muitos aprendizados nesses dois
anos, tanto profissionais, quanto pessoais, conhecendo pessoas confiáveis e
outras deploráveis.
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Vou contar uma história aqui, mas que não é referente a esses dois anos propriamente, mas, tais dois anos não aconteceriam se não fosse tal fato que vou lhes contar.
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Vou contar uma história aqui, mas que não é referente a esses dois anos propriamente, mas, tais dois anos não aconteceriam se não fosse tal fato que vou lhes contar.
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Antes do concurso da Funbosque, que
ocorrera de 2012 para 2013, fiz o concurso da SEMEC/2012, que foi similar. Fiz
uma excelente prova na SEMEC, acertando 84% da prova objetiva, e uma prova
dissertativa que provavelmente se aproximara dos 100%. Porém, o edital limitara
o número de candidatos que teriam a prova escrita corrigida, só os dez
primeiros na prova objetiva, os demais estariam eliminados, e assim, fui
eliminado.
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Depois veio o concurso na
Funbosque, no início de 2013, os mesmos critérios. Fiz uma prova objetiva que
não me animara nem a estimar qual seria a minha pontuação na discursiva, com
apenas 62% da prova objetiva, esqueci do concurso em fevereiro mesmo.
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Ora, pensei, se na SEMEC eu fora
eliminado com 84% na objetiva, na Funbosque não faria nem ferida, e aceitei.
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E depois de fevereiro, tanta coisa
aconteceu...
Em março, meu filho Pedro nasceu...
Em abril minha mãe faleceu...
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Eles se viram uma vez na vida, no
final de março, nesse dia o sorriso da minha mãe e a minha felicidade eram
indescritíveis, inenarráveis. Também foi o dia em que a minha mãe conhecera
minha casa, a primeira ela não pode ir, pois tinha escadas. Esse dia foi um só,
mas foi eterno, é eterno, acontece ainda hoje quando lágrimas me vêm aos olhos
quando disserto esse dia.
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O tempo passou depois da prova...
Fevereiro...
Março...
Abril...
Maio...
Todas as emoções de proporcionar o
nascimento de uma vida e se dar com ausência física de outra, somadas com o
desempenho não satisfatório na prova objetiva, me fizeram esquecer do concurso
por um tempo suficiente para o mesmo se esgotar.
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Em maio, certo dia, cuidando de
Pedro, brincando com Pedro, e pensando na vida, me veio uma curiosidade na
cabeça:
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“Quem será que passou na Funbosque?
Será que foi algum amigo meu? Vou entrar no site pra ver quem foi.”
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Eu nunca olhara nada deste concurso
desde a publicação do gabarito preliminar, e em meados de maio já imaginara que
o concurso havia acabado.
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Parece que alguém soprou ao meu
ouvido: “Vai lá ver quem passou! Vai lá! Vê agora!”
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Quando abri o site da realizadora
do concurso, uma surpresa, ele ainda não acabara. E naquela data – acho que 17
de maio – convocação para a prova de títulos, e entre os convocados para
entregar os títulos (apenas 8), meu nome. Conferi as notas e eu estava em
segundo lugar, somando objetiva e dissertativa. Dia seguinte, fim do prazo,
levei meus títulos, uma vaga, e aqui estamos.
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Enfim, o concurso demorara em
virtude de alguns recursos e imprevistos.
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Por fim, dois anos de muita luta,
trabalho e dedicação, aproveitando o que há de bom e aprendendo com o que possa
parecer ruim.
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E pra finalizar, já que veio a
lembrança:
“Mãe não morre nunca, mãe ficará
pra sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de
milho." (Drumond)
Obrigado.
Bom dia...
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E pra tornar esta data ainda
mais significativa, dia 09 de junho de 2016, amanheço aqui, no ambiente da Casa-Escola da Pesca,
em Caratateua, aprendendo a cada dia com quem do campo é, e com quem no campo
vive, no campo trabalha, do campo sobrevive, no campo brinca e do campo cresce,
no campo respira e do campo amadurece.
Obrigado novamente!
Bom final de semana!
Prof. Nairo Bentes
4 comentários:
Lindo texto, maninho. Me emocionei com as partes em que você fala da mamãe e do belíssimo sorriso dela. Você é um homem muito sensível, amoroso e respeitador.
Parabéns pela sua caminhada profissional de sucesso. Gostaria muito de saber mais sobre a Funbosque.
Desejo-lhe muitas realizações!
Parabéns por estar junto a nós na poesia dessas lutas, amigo. Grande abraço.
Obrigado, Laís!
Valeu, Ricardo! Obrigado pela leitura!
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