Voltando às postagens meus leitores, vocês percebem que o blog está cheio de novidades. O que vocês acharam?
O texto que publico hoje, neste retorno, foi escrito em março de 2006, cinco anos atrás.
Façam seus comentários e sigam o blog.
Divulguem para seus amigos!
Divulguem para seus amigos!
Um abraço!
Nairo Bentes.
Eu aprendo a fingir...
Escrito em 18 de março de 2006.
Pelo Prof. Nairo Bentes.
– Eu não sei o que eu vou fazer meu Deus!!
– Por quê? O que está acontecendo?
– Não sei, eu não tô me sentindo bem. Quem falou isso?
– Como quem falou? Tu falaste com quem rapaz?!
– Desculpa Deus. Não, é porque eu me meti numa enrascada. Tô fudido, Deus!
– O que foi que tu fizeste desta vez seu irresponsável? Um filho?
– Calma! Quer dizer, eu vou te contar.
– Conta logo, me deixa ver se posso te ajudar.
– Há alguns anos atrás, acho que uns seis anos, eu não sabia o que eu queria da vida, só queria saber de curtição, me sentir bem. Fui pra lugares muito bacanas, a vida era muito firme.
– Sim! Eaí?
– Aí, o tempo foi passando e eu saí do colégio, aquele lugar que tem umas mulheres todas cobertas de branco que são donas do colégio. E dizem elas, estarem mais perto do Senhor.
– Prossiga, meu filho...
– Eu entrei numa outra escola, lá era pra eu ter uma profissão, porque eu estava ficando velho. Então tinha que saber fazer alguma coisa pra ganhar dinheiro. Conheci umas pessoas legais, que futuramente teriam a mesma profissão que eu...
Fiquei quatro anos frequentando essa escola, lá não tinha mulheres de branco. A escola das mulheres de branco era muito boa, mas tinha que pagar, essa escola de pessoas apaisanas era boa e de graça, e era só pra “adultos”...
– Tu estás enrolando muito...
–Tá. Passei quatro anos lá, a profissão que eu ganhei foi a de Professor, ou Educador. Eu tinha que dar aula, fazer que nem as pessoas faziam pra mim nas escolas de freiras e na outra escola azul. Fui dar aula numa escola pública. Lá, apesar de ser uma escola pra crianças também, não tinham mulheres de branco, até então minha maior vontade com a minha nova profissão era dar aula na escola das mulheres de branco...
– Sim, e qual é o seu problema...?
– Lá nessa escola pública, apesar dos professores também terem passado quatro anos dentro de uma escola azul ou de outra cor, eles somente fingiam que ensinavam, e o pior, os alunos fingiam que aprendiam. Os professores mesmo percebendo que o aluno não aprendia nada, fingiam que acreditavam que o aluno aprendia... Me vi preso nisso, estavam todos acostumados com esse sistema, ou eu obedecia, ou eu corria, ou darei início à uma revolução.
É isso que eu ia te falar. A nossa escola é uma merda e todo mundo vê. A culpa é de quem não faz nada, e de quem não consegue mudar, ou não tenta mudar.
A culpa é dos trotskistas, dos leninistas, dos direitistas de todos que não fazem nada. A culpa é minha se eu não fizer nada, precisamos de uma revolução e não de uma reforma. Uma revolução sem fins capitalistas e sem mercenários da educação, e também sem pseudo-comunistas. Sem revolucionários de internet.
– Por quê? O que está acontecendo?
– Não sei, eu não tô me sentindo bem. Quem falou isso?
– Como quem falou? Tu falaste com quem rapaz?!
– Desculpa Deus. Não, é porque eu me meti numa enrascada. Tô fudido, Deus!
– O que foi que tu fizeste desta vez seu irresponsável? Um filho?
– Calma! Quer dizer, eu vou te contar.
– Conta logo, me deixa ver se posso te ajudar.
– Há alguns anos atrás, acho que uns seis anos, eu não sabia o que eu queria da vida, só queria saber de curtição, me sentir bem. Fui pra lugares muito bacanas, a vida era muito firme.
– Sim! Eaí?
– Aí, o tempo foi passando e eu saí do colégio, aquele lugar que tem umas mulheres todas cobertas de branco que são donas do colégio. E dizem elas, estarem mais perto do Senhor.
– Prossiga, meu filho...
– Eu entrei numa outra escola, lá era pra eu ter uma profissão, porque eu estava ficando velho. Então tinha que saber fazer alguma coisa pra ganhar dinheiro. Conheci umas pessoas legais, que futuramente teriam a mesma profissão que eu...
Fiquei quatro anos frequentando essa escola, lá não tinha mulheres de branco. A escola das mulheres de branco era muito boa, mas tinha que pagar, essa escola de pessoas apaisanas era boa e de graça, e era só pra “adultos”...
– Tu estás enrolando muito...
–Tá. Passei quatro anos lá, a profissão que eu ganhei foi a de Professor, ou Educador. Eu tinha que dar aula, fazer que nem as pessoas faziam pra mim nas escolas de freiras e na outra escola azul. Fui dar aula numa escola pública. Lá, apesar de ser uma escola pra crianças também, não tinham mulheres de branco, até então minha maior vontade com a minha nova profissão era dar aula na escola das mulheres de branco...
– Sim, e qual é o seu problema...?
– Lá nessa escola pública, apesar dos professores também terem passado quatro anos dentro de uma escola azul ou de outra cor, eles somente fingiam que ensinavam, e o pior, os alunos fingiam que aprendiam. Os professores mesmo percebendo que o aluno não aprendia nada, fingiam que acreditavam que o aluno aprendia... Me vi preso nisso, estavam todos acostumados com esse sistema, ou eu obedecia, ou eu corria, ou darei início à uma revolução.
É isso que eu ia te falar. A nossa escola é uma merda e todo mundo vê. A culpa é de quem não faz nada, e de quem não consegue mudar, ou não tenta mudar.
A culpa é dos trotskistas, dos leninistas, dos direitistas de todos que não fazem nada. A culpa é minha se eu não fizer nada, precisamos de uma revolução e não de uma reforma. Uma revolução sem fins capitalistas e sem mercenários da educação, e também sem pseudo-comunistas. Sem revolucionários de internet.
Inicío aqui, meu sentimento de necessidade de revolução....
Deus? você ainda ta aí????
– ...................(Deus tá pensando)...................
– ...................(Deus tá pensando)...................
– fim –
4 comentários:
Como sempre com a escrita envolvente, crítica e prazerosa!
Se quando se candidatar isso tudo acontecer...terei o maior orgulho de "te apoiar". Um abraço, hoje, camarada.
E então Professor, o que mudou nesses cinco anos desse post? A Revolução aconteceu? E os atores mudaram? Ou estás esperando que "Se Deus quiser, a educação neste país vai..."
Mudanças aocnteceram, e creio que de forma positiva. Atá sua maneira de pensar esta amis refreada,. O revolucionário grita , mas esta contido , pensando como agir. No ano da edição do texto em 2006, estavas prontos a rasgar as vestes.
Eu tenho uma profunda admiraçaõ pelo seu trabalho , não como orientador ou professor , mas como homem político que és .
Es um político atuante,e "atual" sem se pedante;diferentemente de alguns lideres de massa.
Tu é o Fabrício não têm o partidarismo e sim ideologia partidária...
Obrigado pelos comentários. Gostaria de saber quem é o leitor anônimo.
Um abraço!!
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